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quarta-feira, 10 de outubro de 2012

TRANSIÇÃO DEMOGRAFICA


O advento do envelhecimento é inevitável e também é um ciclo vicioso aonde a população jovem de um dia se torna a da maior idade amanhã, nesse processo de envelhecer estão envolvidos diversos fatores que podem alterar e influenciar as perspectivas do envelhecimento, sendo os dados epidemiológicos um importante instrumento que nos permite avaliar a realidade e as situações de acordo com o tempo histórico e principalmente nos dados do presente que auxiliam na criação de politicas e formas de cuidar a essa classe etária.

O devido tema foi exposto na sala de aula, colocado os pontos significativos e após claras as informações, cada grupo ficou responsável por uma analise de acordo com o tema proposto. Feito a plenária ficou claro a todos as necessidades de acordo com dados epidemiológicos e com um pouco de historia do envelhecimento.

A importância de um planejamento em qualquer área do conhecimento leva a um controle de possíveis situações que possam ocorrer sem afetar em grande escala diversas estruturas, seja econômica, agraria, etária etc. Dessa maneira o envelhecimento de uma determinada população reflete em vários setores que de certa forma dependem de uma estimativa de vida alta da população a fim de garantir os meios de produção e o desenvolvimento de um país.

No Brasil o processo de envelhecer é fato nas nossas realidades, com o aumento da estimativa de vida e da qualidade de vida as pessoas vivem mais e com isso envelhecem mais, o problema é que essa nova classe etária que tem se tornado cada vez maior e acredita-se aumentar até 2050, não encontram subsídios necessários para viverem bem o que faz com que sejam necessárias a criação de politicas publicas para abertura de espaços de lazer, prevenção e promoção de saúde, entre outras medidas que garantam com mais certeza a qualidade de vida.


O que ocorre no nosso país não é exclusivo e tem como características o envelhecimento não planejado para suprir a necessidade o que refletem situações de países subdesenvolvidos. Alguns países da Europa durante a Revolução Industrial tiveram capacidade de planejar estruturas que atendessem as necessidades futuras de uma população, ou seja, antes mesmo que a população se tornasse mais velha eles buscaram formas de controlar e lidar com isso, primeiramente com distribuição de anticoncepcionais e após com outras intervenções que de certa forma proporcionaram diversos benefícios. No Brasil ao contrario do que aconteceu na Europa não se teve tempo para o planejamento uma vez que a população variou muito no que diz respeito a locais de moradia, condições socioeconômicas, população entre outros. Assim, no Brasil até certo tempo houve um equilíbrio entre a população com relação aos dados epidemiológicos, ou seja conforme o tempo foi passando as taxas de fecundidade, natalidade, crescimento vegetativo se mantinham em proporção e as estimativa de vida crescia aos poucos com as novas mudanças relacionadas aos conceitos de saúde e avanços da medicina. O problema começou a partir do momento em que o Brasil evoluía, no século passado houve um intenso processo de êxodo rural e com isso começou a surgir novas problemáticas para atender a população que saia do campo para a cidade estando entre elas problemas como moradia, emprego, fatores socioeconômicos entre outros, contudo não só a questão do êxodo rural mais as novas mudanças ocorridas no termo referente a família aonde o país passava por um processo de mudança do modelo arcaico com  aquela família institucionalizada e com vários filhos para os modelos atuais com o numero bem menor do que antes, dessa forma houve um exacerbo do processo de envelhecer que com aumento da perspectiva de vida e a diminuição das taxas de fecundidade evoluíram para o que vemos hoje, uma população mais idosa e concentrada principalmente nos grandes centros urbanos.

A união desses fatores resulta no que vemos hoje, uma população mais velha e que por mais que tenha uma estimativa de vida maior, muitas vezes não tem a qualidade de vida necessária para a sua interação com o meio. Culpa disso está na falta de planejamento por parte de varias esferas, de governos, instituições e a falta de profissionais qualificados  para atender as verdadeiras necessidades da população de maior idade.

Portanto avançamos muito em relação ao passado, criamos politicas com direitos assegurados e aumentamos a expectativa de vida, mais para termos uma população saudável e que não se sinta só, excluída da sociedade e que tenha prazer em estar viva, é necessária uma união de forças com os diversos setores que visem um ideal comum a busca pelo prazer de viver no outro extremo da vida, e como enfermeiros devemos fazer valer o nosso papel enquanto profissional, fazendo as politicas saírem do papel para a vida real, e nos conscientizando de que quando temos uma população que vive bem, nos trabalhamos bem e proporcionamos ao próximo um bem reciproco ao profissional e ao paciente.