O
advento do envelhecimento é inevitável e também é um ciclo vicioso aonde a
população jovem de um dia se torna a da maior idade amanhã, nesse processo de
envelhecer estão envolvidos diversos fatores que podem alterar e influenciar as
perspectivas do envelhecimento, sendo os dados epidemiológicos um importante
instrumento que nos permite avaliar a realidade e as situações de acordo com o
tempo histórico e principalmente nos dados do presente que auxiliam na criação
de politicas e formas de cuidar a essa classe etária.
O
devido tema foi exposto na sala de aula, colocado os pontos significativos e
após claras as informações, cada grupo ficou responsável por uma analise de
acordo com o tema proposto. Feito a plenária ficou claro a todos as
necessidades de acordo com dados epidemiológicos e com um pouco de historia do
envelhecimento.
A
importância de um planejamento em qualquer área do conhecimento leva a um
controle de possíveis situações que possam ocorrer sem afetar em grande escala
diversas estruturas, seja econômica, agraria, etária etc. Dessa maneira o
envelhecimento de uma determinada população reflete em vários setores que de
certa forma dependem de uma estimativa de vida alta da população a fim de
garantir os meios de produção e o desenvolvimento de um país.
No
Brasil o processo de envelhecer é fato nas nossas realidades, com o aumento da
estimativa de vida e da qualidade de vida as pessoas vivem mais e com isso
envelhecem mais, o problema é que essa nova classe etária que tem se tornado
cada vez maior e acredita-se aumentar até 2050, não encontram subsídios
necessários para viverem bem o que faz com que sejam necessárias a criação de
politicas publicas para abertura de espaços de lazer, prevenção e promoção de
saúde, entre outras medidas que garantam com mais certeza a qualidade de vida.
O
que ocorre no nosso país não é exclusivo e tem como características o
envelhecimento não planejado para suprir a necessidade o que refletem situações
de países subdesenvolvidos. Alguns países da Europa durante a Revolução
Industrial tiveram capacidade de planejar estruturas que atendessem as
necessidades futuras de uma população, ou seja, antes mesmo que a população se
tornasse mais velha eles buscaram formas de controlar e lidar com isso,
primeiramente com distribuição de anticoncepcionais e após com outras
intervenções que de certa forma proporcionaram diversos benefícios. No Brasil
ao contrario do que aconteceu na Europa não se teve tempo para o planejamento
uma vez que a população variou muito no que diz respeito a locais de moradia,
condições socioeconômicas, população entre outros. Assim, no Brasil até certo
tempo houve um equilíbrio entre a população com relação aos dados
epidemiológicos, ou seja conforme o tempo foi passando as taxas de fecundidade,
natalidade, crescimento vegetativo se mantinham em proporção e as estimativa de
vida crescia aos poucos com as novas mudanças relacionadas aos conceitos de
saúde e avanços da medicina. O problema começou a partir do momento em que o
Brasil evoluía, no século passado houve um intenso processo de êxodo rural e
com isso começou a surgir novas problemáticas para atender a população que saia
do campo para a cidade estando entre elas problemas como moradia, emprego,
fatores socioeconômicos entre outros, contudo não só a questão do êxodo rural
mais as novas mudanças ocorridas no termo referente a família aonde o país
passava por um processo de mudança do modelo arcaico com aquela família institucionalizada e com vários
filhos para os modelos atuais com o numero bem menor do que antes, dessa forma
houve um exacerbo do processo de envelhecer que com aumento da perspectiva de
vida e a diminuição das taxas de fecundidade evoluíram para o que vemos hoje,
uma população mais idosa e concentrada principalmente nos grandes centros
urbanos.
A
união desses fatores resulta no que vemos hoje, uma população mais velha e que
por mais que tenha uma estimativa de vida maior, muitas vezes não tem a
qualidade de vida necessária para a sua interação com o meio. Culpa disso está
na falta de planejamento por parte de varias esferas, de governos, instituições
e a falta de profissionais qualificados
para atender as verdadeiras necessidades da população de maior idade.
Portanto
avançamos muito em relação ao passado, criamos politicas com direitos
assegurados e aumentamos a expectativa de vida, mais para termos uma população
saudável e que não se sinta só, excluída da sociedade e que tenha prazer em
estar viva, é necessária uma união de forças com os diversos setores que visem
um ideal comum a busca pelo prazer de viver no outro extremo da vida, e como
enfermeiros devemos fazer valer o nosso papel enquanto profissional, fazendo as
politicas saírem do papel para a vida real, e nos conscientizando de que quando
temos uma população que vive bem, nos trabalhamos bem e proporcionamos ao
próximo um bem reciproco ao profissional e ao paciente.