Malária
Espécies de Plasmódios causadores de
malaria humana
Existem
mais de cem tipos de plasmódio, o parasita da malária. Dos que infectam o
homem, quatro são os mais importantes: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale. A doença
provocada pelo vivax é a mais
comum e a provocada pelo malariae, a menos
grave. Já a provocada pelo ovale é típica da África.
Ciclo Biológico
O
plasmódio desenvolve um ciclo sexuado dentro do organismo do mosquito e um
assexuado no organismo humano. Depois de 30 minutos que entrou na circulação
sanguínea do homem, alcança o fígado e vai-se multiplicando dentro das células
hepáticas até que elas arrebentam. Então, eles se espalham no sangue e invadem
os glóbulos vermelhos, onde se reproduzem a tal ponto que eles se rompem
também.
Mecanismos de transmissão
A
transmissão da malária pode ocorrer pela picada do mosquito, por transfusão de
sangue contaminado, através da placenta (congênita) para o feto e por meio de
seringas infectadas.
Patogenia
Após uma fêmea do mosquito do gênero Anopheles ingerir sangue humano contendo os
plasmódios (em forma de gametócitos), inicia-se uma fase sexuada no interior de
seu estômago. Deste modo, por esporogonia, resultam centenas de formas
infectantes (esporozoítas) que migram para as glândulas salivares do inseto, as
quais poderão, no momento da picada, ser inoculadas no ser humano. Entre 10 a 20 dias após ter sido
contaminado, o vetor passa a transmitir a doença para outras pessoas através de
sua picada, por toda sua vida, que é de cerca de 30 dias.
No homem, após a inoculação das formas
infectantes (esporozoítas), pela picada de um mosquito contaminado, estes se
multiplicam assexuadamente nas células do fígado (esquizogonia tecidual) e
posteriormente invadem os glóbulos vermelhos onde se multiplicam (esquizogonia
eritrocítica), em ciclos variáveis de 24 a 72 horas, provocando a partir daí os
sintomas da doença. Este intervalo que vai desde a picada infectante até o
início dos sintomas é chamado período de incubação e dura em média 15 dias.
O homem infecta o mosquito enquanto
houver gametócitos no sangue. Se não tratado, o homem pode ser fonte de
infecção durante menos de 1 ano até mais de 3 anos, dependendo da espécie de Plasmodium em questão.
A princípio, todo ser humano é suscetível
à malária, mesmo aqueles que já a contraíram por diversas vezes, uma vez que a
imunidade induzida pela presença do parasita nunca chega a conferir proteção
total.
Medidas Profiláticas
Manter vigilância epidemiológica para
impedir a reintrodução da malária em áreas não endêmicas, através do
diagnóstico, tratamento dos casos e eliminação de novos focos.
Aplicação de medidas anti-vetoriais
seletivas: utilização de repelentes químicos, mosquiteiros sobre as camas ou
redes de dormir, telas nas janelas e portas das habitações e evitar a
permanência ao ar livre nos horários em que o mosquito se apresenta em maior
quantidade, como o amanhecer e o anoitecer.
Apesar de vários estudos, que vêm sendo
feitos há muitos anos, ainda não existe uma vacina que confira proteção contra
a malária.
Bibliografia: http://www.mgar.com.br/zoonoses/aulas/aula_malaria.htm
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